quinta-feira, 17 de junho de 2010

nomenclatura
França: “terra dos francos”. Literalmente “terra dos homens livres”.
§ Gallia: nome latino, de uma tribo celta.

Origem
Os francos foram uma tribo germânica, provavelmente originária da Panônia, uma região do território onde hoje se situa a Hungria, e que mais tarde se mudaram para o oeste, para ocupar a região da Frísia, onde atualmente estão os Países Baixos. Em meados do século IV da nossa era, na época da decadência do Império Romano, o imperador Juliano, para pacificar estas tribos, lhes cedeu a Gália, e os francos se incorporaram ao império como um aliado federado.

Na época do seu apogeu, o reino dos francos abarcou a maior parte do atual território da França e parte do que hoje é a Alemanha (Francônia). Este povo germânico uniu-se aos povoadores celtas do lugar, os gauleses, e ambos os grupos indo-europeus constituíram a origem do que séculos mais tarde seria a nação francesa.

No entanto, os francos deixaram uma marca mais forte que a dos gauleses, pelo menos no nome do país: etimologicamente, França significa ´terra dos francos´.

As fronteiras da França moderna são muito semelhantes às fronteiras da antiga Gália, território habitado pelos gauleses, de origem celta. A Gália foi conquistada pelos Romanos no século I a.C., e os gauleses acabaram por adoptar a cultura e a língua latinas.

O Cristianismo instalou-se durante os séculos II e III. As fronteiras do leste da Gália ao longo do rio Reno foram atravessadas por tribos germânicas - principalmente os Francos, dos quais o antigo nome "Francie" vem - durante o século IV.

Apesar de a monarquia francesa ser muitas vezes datada do século V, a existência contínua da França como uma entidade separada começa com a divisão do império franco de Carlos Magno em uma parte leste e uma parte oeste. A parte do leste pode ser considerada como o começo do que é a atual Alemanha, a parte oeste como a França.

Os sucessores de Carlos Magno dirigiram a França até 987, quando Hugo Capeto, Duque de França e conde de Paris, foi coroado Rei da França. Seus sucessores, a dinastia dos Capetos, dirigiram a França até 1789, quando a Revolução Francesa instalou uma República, em uma época de mudanças radicais que começou em 1789.


Tomada da Bastilha em 1789, um dos eventos centrais da Revolução Francesa.Após diversas mudanças, a França chegou ao século XX como um país em transição política constante, passando, diversas vezes, por diferentes regimes políticos, piorando sua imagem no mundo (sendo que não possuía tantas colônias como a Inglaterra, que tinha um vasto império que agregava 1/4 do mundo). Com eclosão da II Guerra Mundial (1939-1945), em 1940 a Alemanha declarou guerra à França e invadiu o país. Após apenas 43 dias de combates, os franceses se renderam e precisaram da ajuda dos aliados (em destaque, o Reino Unido e os EUA) para sua libertação (iniciada no Dia D, 6 de Junho de 1944).

Apesar disso, no final da guerra, a França obteve o estatuto de membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, conseguiu entrar no restrito clube de potências nucleares e foi, juntamente com a Alemanha, o principal incentivador da criação da Comunidade Europeia.

A França atual, país de língua latina, ocupa a maior parte das antigas tribos gaulesas célticas, conquistada por Júlio César, mas que leva seu nome dos francos uma tribo germânica, cujo nome significa "homens livres", que foi formada tardiamente e instalada em uma parte do terreno do Império Romano.

Bandeiras da França





Banderia do governo da França de Vichy (1940-1944)





Bandeira da França Livre(1940-1944)






Bandeira da frança (1946-1958 )


Bandeira da França (1974-1794 )







Bandeira da França ( 1364-1638)






Bandeira da França(1794_1814 ,1814-1815 , atualiade)






A Bandeira Nacional da França (também conhecida como a tricolor ou bleu, blanc, rouge), tricolor em três faixas verticais (azul, branca e vermelha), simboliza a Revolução Francesa (1789), sendo que o azul representa o poder legislativo, branco o poder executivo e o vermelho o povo, os três "dividindo" igualmente o poder. Lembrando do lema francês, as cores representam também Liberdade (Liberté), Igualdade, (Égalité) e Fraternidade (Fraternité), na ordem da bandeira, "método" também usado na moeda francesa. Com vínculo à revolução e ao império, ela foi muito rejeitada inicialmente, sendo substituída por uma bandeira branca entre1814 e 1830. A Revolução de 1830, conhecida também como Revolução de Julho, restabeleceu a antiga bandeira tricolor, que se consagrou definitivamente.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Hino da França

omente o primeiro verso (às vezes tambem o quinto e sextos versos) e o refrão são cantados atualmente na Franca. Existem algumas pequenas diferencas históricas entre entre várias
versões da letra, a que segue e a versão contida no site oficial da Presidência Francesa.


Inicialmente intitulada Canto de Guerra para o Exército do Reno,para encorajar os soldados no combate de fronteira, na região do rio Reno na guerra contra a Austria.adquiriu grande popularidade durante a Revolução Francesa, especialmente entre as unidades do exército de Marselha, ficando conhecida como A Marselhesa. A revolução foi embalada por uma canção patriótica, entoada por unidades do exército de Marselha, quando entraram em Paris, em 14 de julho de 1792. Em 1795, foi instituída pela Convenção como hino nacional.







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La Marseillaise

Allons enfants de la Patrie,// Avante, filhos da Pátria,
Le jour de gloire est arrivé! // O dia da Glória chegou!
Contre nous de la tyrannie,// Contra nós vem tirania,
L'étendard sanglant est levé,// (bis) O estandarte ensanguentado se ergueu,(bis)
Entendez-vous dans les campagnes// Ouvides nos campos
Mugir ces féroces soldats?// Rugirem esses ferozes soldados?
Ils viennent jusque dans vos bras // Vêm eles até aos vossos braços
Égorger vos fils, vos compagnes!// Degolar vossos filhos, vossas mulheres!

Aux armes, citoyens,// Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons,// Formai vossos batalhões,
Marchons, marchons!// Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur// Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons!// Ague o nosso arado!

Que veut cette horde d'esclaves, // O que quer essa horda de escravos,
De traîtres, de rois conjurés?// De traidores, de reis conjurados?
Pour qui ces ignobles entraves,// Para quem (são) esses ignóbeis entraves,
Ces fers dès longtemps préparés? // (bis) Esses grilhões há muito tempo preparados? (bis)
Français, pour nous, ah! quel outrage Franceses!// A vós, ah! que ultraje
Quels transports il doit exciter!// Que comoção deve suscitar!
C'est nous qu'on ose méditer// É a nós que consideram
De rendre à l'antique esclavage!// retornar à antiga escravidão!

Aux armes, citoyens,// Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons,// Formai vossos batalhões,
Marchons, marchons !// Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur // Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons! // Ague o nosso arado!

Quoi! des cohortes étrangères // O quê! Tais multidões estrangeiras
Feraient la loi dans nos foyers! // Fariam a lei em nossos lares!
Quoi! ces phalanges mercenaires O quê!// Essas falanges mercenárias
Terrasseraient nos fiers guerriers! (bis)// Arrasariam os nossos nobres guerreiros! (bis)
Grand Dieu! par des mains enchaînées Grande Deus!// Por mãos acorrentadas
Nos fronts sous le joug se ploieraient // Nossas frontes sob o jugo se curvariam
De vils despotes deviendraient// E déspotas vis tornar-se-iam
Les maîtres de nos destinées!// Os mestres dos nossos destinos!

Aux armes, citoyens, // Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons,// Formai vossos batalhões,
Marchons, marchons // ! Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur// Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons !// Ague o nosso arado!

Tremblez, tyrans et vous perfides// Tremei, tiranos! e vós pérfidos,
L'opprobre de tous les partis,// O opróbrio de todos os partidos,
Tremblez! vos projets parricides Tremei! // vossos projectos parricidas
Vont enfin recevoir leurs prix ! (bis) // Vão finalmente receber seu preço! (bis)
Tout est soldat pour vous combattre,// Somos todos soldados para vos combater.
S'ils tombent, nos jeunes héros,// Se tombarem os nossos jovens heróis,
La terre en produit de nouveaux,// A terra novos produzirá,
Contre vous tout prêts à se battre ! // Contra vós, todos prestes a lutarem!

Aux armes, citoyens,// Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons, // Formai vossos batalhões,
Marchons, marchons !// Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur// Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons !// Ague o nosso arado!

Français, en guerriers magnanimes,// Franceses, guerreiros magnânicos,
Portez ou retenez vos coups!// Levai ou retende os vossos tiros!
Épargnez ces tristes victimes,// Poupai essas tristes vítimas,
À regret s'armant contre nous. (bis)// A contragosto armando-se contra nós. (bis)
Mais ces despotes sanguinaires,// Mas esses déspotas sanguinários,
Mais ces complices de Bouillé, // Mas esses cúmplices de Bouillé,
Tous ces tigres qui, sans pitié,// Todos os tigres que, sem piedade,
Déchirent le sein de leur mère ! // Rasgam o seio de suas mães!

Aux armes, citoyens,// Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons,// Formai vossos batalhões,
Marchons, marchons !// Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur// Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons !// Ague o nosso arado!

Amour sacré de la Patrie, Amor Sagrado pela Pátria
Conduis, soutiens nos bras vengeurs Conduz,// sustém nossos braços vingativos.
Liberté, Liberté chérie, // Liberdade, liberdade querida,
Combats avec tes défenseurs ! (bis)// Combate com os teus defensores! (bis)
Sous nos drapeaux que la victoire // Debaixo as nossas bandeiras, que a vitória
Accoure à tes mâles accents,// Chegue logo às tuas vozes viris!
Que tes ennemis expirants// Que teus inimigos agonizantes
Voient ton triomphe et notre gloire ! // Vejam teu triunfo, e nós a nossa glória.

Aux armes, citoyens,// Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons,// Formai vossos batalhões,
Marchons, marchons ! Marchemos,// marchemos!
Qu'un sang impur // Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons !// Ague o nosso arado!

(Couplet des enfants) (Verso das crianças)
Nous entrerons dans la carrière,// Entraremos na carreira (militar),
Quand nos aînés n'y seront plus,// Quando nossos anciãos não mais lá estiverem.
Nous y trouverons leur poussière// Lá encontraremos suas cinzas
Et la trace de leurs vertus (bis)// E o resquício das suas virtudes (bis)
Bien moins jaloux de leur survivre// Bem menos desejosos de lhes sobreviver
Que de partager leur cercueil,// Que de partilhar seus caixões,
Nous aurons le sublime orgueil// Teremos o sublime orgulho
De les venger ou de les suivre. // De os vingar ou de os seguir.

Aux armes, citoyens,// Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons,// Formai vossos batalhões,
Marchons, marchons ! // Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur // Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons !// Ague o nosso arado!

Liberté, égalité, fraternité

liberté, Egalité, Fraternité (Liberdade, igualdade, fraternidade, em francês) foi o lema da Revolução Francesa e também é o lema da Maçonaria. O slogan sobreviveu à revolução, tornando-se o grito de ativistas em prol da democraciae da derrubada de governos opressores e tiranos de todo tipo.
O slogan é citado na Constituição francesa de 1946 e 1958. Originalmente, o símbolo era Liberté, Egalité, Fraternité, o la mort! (Liberdade, Igualdade, Fraternidade ou morte!).
Durante a ocupação alemã na França durante a II Guerra Mundial o lema foi substituído na área do governo de Vichycom a frase Travail, famille, patrie (trabalho, família e pátria) para evitar possíveis interpretações subversivas e desordenadas.
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Marianne é a figura alegórica (uma mulher) que representa a República Francesa, sendo portanto umapersonificação nacional.
Sob a aparência de uma mulher usando um barrete frígio, Marianne encarna a República

Brasão e Selo

O atual Brasão de armas da França virou símbolo nacional da França em 1953, porém, ele não tem nenhum estatuto comobrasão de armas. Ele aparece na capa dos passaportes franceses e foi originalmente adotado pelo Ministério das Relações Exteriores como símbolo para uso nas missões diplomáticas e consulares em 1912 usando um design desenhado pelo escultorJules-Clément Chaplain.
Em 1953, a França recebeu um pedido das Nações Unidas para uma cópia do brasão de armas nacional para ser colocado junto com os brasões de armas dos outros estados membros na assembléia. Uma comissão interministral pediu para Robert Louis(1902–1965), artista heráldico, para produzir uma versão do design do Chaplain. Isso não aconteceu, no entanto, constituiu-se uma adoção de um brasão de armas oficial da República.
Tecnicamente falando, ele é mais para um emblema do que para brasão de armas por não respeitar as regras heráldicas. O emblema consiste em:

§ Um largo escudo com cabeças de leão e urso.
§ Um monograma "RF" que significa République Française (República Francesa).
§ Um galho de oliveira simbolizando a paz.
§ Um galho de carvalho simbolizando a sabedoria.
§ Os fasces é o símbolo associado à justiça (do Romano, machados do lictor, nesse caso , não está associado aofascismo).
Em Setembro de 1999, o governo françês adotou um novo símbolo incorporando o lema nacional, as cores da bandeira, e a personificasão da República: Marianne.




O grande Selo da França




O Grande Selo da França ( francês : Grand sceau de la République Française) é o oficial do selo da República Francesa .
O Grande Selo características Liberty personnified como assentado Juno usando uma coroa com sete arcos. Ela possui um fasces e é apoiado por um navio de perfilhos com um galo impresso nele. Aos seus pés está um vaso com as letras "SU" ("Sufrágio Universel", "Sufrágio universal"). Na sua direita, no fundo, são símbolos das artes (as ferramentas de pintura), arquitetura (forma iônica), educação (lâmpada acesa), agricultura (um feixe de trigo) e indústria (uma roda dentada). A cena é cercada pela lenda "République Française, DEMOCRATIQUE, ET UNE indivisível" ("República Francesa, democrática, una e indivisível") e "24 FEV.1848" (24 de fevereiro de 1848) na parte inferior.
O reverso traz as palavras "AU NOM DU FRANÇAIS Peuple" ("em nome do povo francês"), circundado por uma coroa de carvalho (símbolo da perenidade) e louro (símbolo da glória), deixa amarrado junto com ervas daninhas e as uvas (agricultura e riqueza), com o lema nacional circular " Liberté, Egalité, Fraternité ".

Línguas da França

- O idioma oficial na França é o francês, proveniente do françano, variante linguística falada na Ilha de França que nos princípios da Idade Média e, ao longo dos séculos, se impôs ao resto das línguas e variantes linguísticas que se falam em quaisquer partes da França.

Apesar disto, esta imposição do francês tem sido fruto de decisões políticas tomadas ao longo da história, com o objetivo de criar um Estado uniformizado linguisticamente.

Este artigo tem servido para não permitir o uso oficial nos âmbitos de uso culto das línguas que se falam na França: o catalão, o bretão, o corso, o ocitano, o provençal, o franco-provençal, o basco e o alsaciano. Somente se tem permitido ensinar alguma destas línguas como segunda língua estrangeira optativa na escola pública. A imigração proveniente de fora do país, assim como de regiões exclusivamente francófonas, faz com que a porcentagem de falantes destas línguas seja cada vez mais baixo.

A França é um dos estados que não assinaram a Carta europeia
das línguas minoritárias. Apesar de tudo, hoje em dia, algumas instituições privadas têm procurado formalizar o uso destas línguas criando meios de comunicação, escolas primárias e secundárias para ensinar estas línguas ou convocar atos reivindicativos a favor de uma política linguística alternativa.